Refletindo

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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A filosofia da loucura, a filosofia fatal



O conhecimento fatal é  algo apaixonante pela sua própria busca alcançada que está em constante reformulação, essa aspiração a vida é a Existência. E nesta fatalidade quer-se toda saudade, toda força que vigora no peito como no vento. Fogo e raio. Tempestade e trovão. Alegria e tufão. Furor e criatividade. Uma “civilização” na superumanidade descivilizada. Realmente um louco feliz e alegre no saltar...
Bom, eu pensei em escrever uma poesia, mas meu pensamento que é  porventura um louco, desordenado, entäo bato me com as paredes no entendimento da dita r”azão, azar, ansatz, assaläo, vermelho, amor, loucura no coração humanitas. Carne e espírito mágico desta loucura por onde balanceio me na corda da relatividade com essa energia do pensamento. Qual é o grau da energia? Isso varia de acordo com o rítmo. Por isso continuo afirmando que o erro da vontade do poeta é um erro querido, enquanto o erro da vontade cega é um perigo. 
Mas há uma contradição neste querer que tanto fala em “amor”, entäo por que desejam tanto? Eles, porque eu näo quero, eu vivo no amor, eu vivo na loucura por me colocar contrário da razão, da moral, da igreja, do Estado, da família, da fé, da arte. Eu vivo de amor fatal no meu destino, um eco que resplandece sede nesta vontade que desce. Enquanto isso coloco me a parte como poeta e näo finjo que sei, mas nego o que sei. E nesta contradição sei que coloco me a parte como fora do extra moral e obedeco somente o meu corpo que age no meu pensamento, inclusive o sonho.  Também como poeta meto-me como furacäo que circula em labirinto que gira  na reta circular num quadrado entre o o corpo e a vontade, a matéria e o espírito, o espaço e tempo. Por isso perco me para sempre neste aspirar mim mesmo, este deleite de amor pela música e pela bebida do êxtase.  
Vontade conspirante da música e do teatrro em que vive Dionísio, o louco como cavalo metafórico na estrela da esperança.

Filósofo Dionisio Donato

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O mito da caverna (Platão)

"Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ele e os prisioneiros – no exterior, portanto – há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte frontal de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela os prisioneiros enxergam na parede no fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginavam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.Que aconteceria -indaga Platão- se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.Num primeiro momento ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda a sua vida, não vira senão sombra de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.
Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo. Mas, quem sabe alguns poderiam ouvi-lo e, contra a vontade dos demais, também decidissem sair da caverna rumo à realidade.
O que é a caverna? O mundo em que vivemos. Que são as sombras das estatuetas? As coisas materiais e sensoriais que percebemos. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo. O que é a luz exterior do sol? A luz da verdade. O que é o mundo exterior? O mundo das idéias verdadeiras ou da verdadeira realidade. Qual o instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A dialética. O que é a visão do mundo real iluminado? A Filosofia. Por que os prisioneiros zombam, espancam e matam o filósofo (Platão está se referindo à condenação de Sócrates à morte pela assembléia ateniense)? Porque imaginam que o mundo sensível é o mundo real e o único verdadeiro."