Refletindo

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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Falta investigação e aceitação da arte de educar em Minas Gerais como processo de "revolução" brasileira

Olá parceiras da educação e parceiros da evolução!

Em Minas Gerais voltaram as aulas em fevereiro (em quase todo Brasil), apesar que no plano da investigação e da prática o ensino no país deixa muito a desejar tanto na parte de estrutura física e estrutura humana. (Coitados dos professores designados! Imaginem a situação dos alunos!).
Os profissionais de Minas ficaram mais motivados com o tal plano do governo mineiro que adoçou a folha de pagamentos (mesmo sendo ainda pouco, já foi algo significante do pobre trabalhador da educação no Brasil.).
Comentários que a renda foi bastante significativa, porque havia mais de 10 anos sem aumentos e planos de carreira. (Vamos vêr o que o recente governador empossado o professor Antônio Anastasia toma realmente uma atitude séria sobre a situação do ensino no Estado e suas diferenças e fracassos, sem querer ser pessimista, apenas realista, sem perder a utopia da "revolução" deste conhecimento básico, sem alienação.)
O que queremos dizer que o sistema ainda está devagar e tem muita coisa que fazer, investir tempo integral na formação de adolescentes e jovens no campo do mercado e da transformação eco-sócio-cultural na era da atualização do mundo globalizado. O governo tem que levar o acesso a tecnologia a toda região, bem como a internet e a telefonia celular acessível para todos.
E por quê as obras continuam paradas? Porquê nossas estruturas formais do espaço e tempo também estão adoentadas, apodrecidas, indignas de exercer o papel de um servidor público, não estamos falando aqui de especialistas, mas da arte defasada dos(as)  amantes do trabalhar com o ser humano que precisa não somente de lógica e nem de leis de valores, mas da integridade e o incentivo à curiosidade, a esperança, o sonho, o conhecimento de si mesmo e a própria transformação do espaço.
Se o Estado não quer tais profissionais e projetos é porque seus regentes não querem formarem gentes, mas bonecos de marionetes como eles na maioria das vezes são à busca e receptação de dinheiro e favorecimento das contas públicas como benefício de si próprio, sonegando, disfarçando, roubando e cometendo outros crimes hediondos.
Ainda não aguentamos ver pessoas que ocupam cargos públicos sem formação política que usa o poder para benefíciar interesses privados. Temos que trabalhar com muito mais honestidade e eficiência no poder Público do que nossos negócios particulares, porque a nossa responsabilidade dobra em fazer o estado acontecer, a democracia e o canto da liberdade para todas as cabeças, inclusive a do canário.
Temos que educar as crianças e os jovens para o Bem, para o Pensar e não para o O-bedecer.
Assim não poderemos fazer que o processo de aprendizagem seja libertário e prazeroso, mas temerário e doloroso.

Profissionais da educação tem que se auto-educar, porque precisam aprender a rea-ver a vida e seus processos de transformação, de mudança nesta metamorfose do adquirir o grau inconsciente coletivo. Também quero deixar aqui claro que o uso do termo - grau como teste do insconsciente coletivo para medição de uma análise, de um ponto de partida e trabalho.não tem nada a ver com a teoria jungniana, mas evoluir de acordo com o processo de comunicação, por exemplo, as mensagens instântaneas gratuitas nos aparelhos e sistemas de informação de planejamento, manual, região, conhecimento visual, manuseio das artes literárias e artísticas de um grupo social ou determinada região. 
Este método aprendi na Alemanha que chamarei aqui como pesquisa etnográfica e cultural na educação. Uma visão inovadora e investigativa na aprendizagem no que se refere diário biográfico. A didática da pesquisa não é investigar os grupos, mas  cada grupo relatar o seu próprio diário de reflexão no dia-a-dia - inconsciente coletivo e individual. E este é o material de avaliação do educador e professor das áreas humanas no ensino fundamental e médio. E quem sabe no futuro já começar um trabalho no jardim da infância implantando a filosofia com a arte?

Enquanto isso o ensino de Filosofia e Sociologia no ensino público abre janelas para a cidadania e para o pensar em si mesmo e o mundo a nossa volta, no nosso lugarejo.

Nisso o sistema ainda continua falho por ter medo desta r-evolução.
Salvo algumas(us) educadoras que entendem o princípio da racionalidade de educar para crescer, para libertar e não para oprimir.

Forças camaradas,

Circulo Filosófico de Ribeirão!

Ass. Caetano P. T.

O mito da caverna (Platão)

"Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ele e os prisioneiros – no exterior, portanto – há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte frontal de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela os prisioneiros enxergam na parede no fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginavam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.Que aconteceria -indaga Platão- se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.Num primeiro momento ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda a sua vida, não vira senão sombra de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.
Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo. Mas, quem sabe alguns poderiam ouvi-lo e, contra a vontade dos demais, também decidissem sair da caverna rumo à realidade.
O que é a caverna? O mundo em que vivemos. Que são as sombras das estatuetas? As coisas materiais e sensoriais que percebemos. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo. O que é a luz exterior do sol? A luz da verdade. O que é o mundo exterior? O mundo das idéias verdadeiras ou da verdadeira realidade. Qual o instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A dialética. O que é a visão do mundo real iluminado? A Filosofia. Por que os prisioneiros zombam, espancam e matam o filósofo (Platão está se referindo à condenação de Sócrates à morte pela assembléia ateniense)? Porque imaginam que o mundo sensível é o mundo real e o único verdadeiro."