Refletindo

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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Se pá, se pum!

Conceituações sobre o término da vida corporal e carnal, a falta da extensão da vida, e uma reciprocidade relativa ou não para com o mundo espiritual são conceitos ultrapassados, vencidos e totalmente relativos para as confabulações filosóficas.

Principalmente em relação à nossa comum concepção temporal. Se pá, atinge o presente totalmente concreto, a existência está no momento cotidiano. Não há possibilidades de continuação futura ou determinações passadas. Se pum, aí sim, há um misto de relativismo. Ao mesmo tempo uma referência ao que irá acontecer, como ao que ainda não aconteceu, depende do interlocutor. O que impera é o sentimento e o fato acontecido com o narrador.

Continua...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Trabalho e servidão voluntária!

Pois bem, o discurso dos representantes da Secretaria de Educação de Mg é sempre o mesmo: "reduzir o número de trabalhadores". Oportunamente, saio de uma reunião pedagógica com a reafirmação desta verdade. Sempre a corda arrenbenta para o lado mais frágil, a política pública não se interessa na renovação e não cria o sentimento de propriedade para os trabalhadores, nós professores. A cada dia que passa a situação fica pior, são as promessas não cumpridas, a falta de informação consistente sobre a situação funcional do trabalhador de educação e a desvalorização do profissional.

Será que eles pensam que a formação educacional e algo semelhante com a fabricação de um carro? Os custos técnicos e humanos são bem diferentes. Como mudar este ideal corrente? Basta primeiramente, a nós os educadores, íncluo todo o pessoal que de alguma forma faz parte deste processo, deixar de sentir resignação e se apropriar do conhecimento que detém. A nossa luta não deve ser somente pela sobrevivência, temos que oferer algo a mais. Concordar com a ideias absurdas e abaixar a cabeça para as decisões distantes da realidade é assumir a servidão voluntária.

Tornamos-nos escravos por nossa vontade e desejo!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

"Aplausos" para a educação no dia D da educação em Minas Gerais

Como são belos os jargões!!!! uai.
O governo inventou um tal de choque de gestão, agora inventou também o dia D na educação. Todas a escolas de Minas pararam para reunir sobre os "projetos" e as novas "perspectivas" da educação. O debate foram acirrados, uns desencatados e outros iludidos, alguns alucinados e outros perdidos, basta ver o que o governo nos coloca uma descarga de uma bomba no período que se chama designação. Como planejar?
Isso é um absurdo!

Gostariamos em nome de alguns do blog e em nome da filosofia marginal perguntar: o que as professoras e professores, diretores e diretoras, coordenadores e coordenadoras acharam? muita doras?! não sei!
Então muitos aproveitaram para colocar o seu diário em dia, aquela besteiragem toda. O governo onde está a informatização do ensino? Por que precisamos sempre recorrer por um mísero salário! não tem vergonha!
Esperamos aqui uma avaliação da sociedade e para de bobagem, a classe está insatisfeita, desqualificada, desatualizada, ressentida e muito mais...
anda logo com esse coque de gestão e segura este porre em combustão, assim não dá!
O que acham colegas de profissão?
Cuidado com a goteira aí gente!!!

Dê sua opinião!!!! Priu-fussores

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Visita técnica-didática

Decorridos dois dias do fatidico dezembro, conheço o covil marginal da pampulha. Esta pampulha é nova, porém reverencia nosso antigo presidente "Tancredo Neves". Ele mesmo, o próprio fundador da antiga Ribeirão das Neves, hoje conhecida como Córrego das Almas.


(O neto pensa que é marginal não somente em época eleitoral)








Assim, inicia-se um novo 2012, uma nova era para nós filosofos marginais, estamos no tempo mesmo antecipando o tempo, seguindo e desvendando todos os véus espremidos para o suco de limões. Sulco, e não apeteço sem despertar apetite ou forte desejo. Pois bem, o mel suga a essência da vida. Daí, me pergunto o que será isso?

Não peço desculpas, sempre vou errar, quem quiser olhar pode olhar!



A violência de um Ribeirão antes adormecido.

O mito da caverna (Platão)

"Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ele e os prisioneiros – no exterior, portanto – há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte frontal de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela os prisioneiros enxergam na parede no fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginavam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.Que aconteceria -indaga Platão- se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.Num primeiro momento ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda a sua vida, não vira senão sombra de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.
Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo. Mas, quem sabe alguns poderiam ouvi-lo e, contra a vontade dos demais, também decidissem sair da caverna rumo à realidade.
O que é a caverna? O mundo em que vivemos. Que são as sombras das estatuetas? As coisas materiais e sensoriais que percebemos. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo. O que é a luz exterior do sol? A luz da verdade. O que é o mundo exterior? O mundo das idéias verdadeiras ou da verdadeira realidade. Qual o instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A dialética. O que é a visão do mundo real iluminado? A Filosofia. Por que os prisioneiros zombam, espancam e matam o filósofo (Platão está se referindo à condenação de Sócrates à morte pela assembléia ateniense)? Porque imaginam que o mundo sensível é o mundo real e o único verdadeiro."