Refletindo

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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Programação do encontro da filosofia circular de ribeirão!

I ENCONTRO DA FILOSOFIA MARGINAL dos livres pensadores e pensadoras do circulo de Neves!
O importante não é somente alcançar metas, mas desejar o que se quer.

PROGRAMAÇÃO Dia 13/11/10 (Shabatt)

...10 : 00 H – Chegando no mundo de Hades
...11 : 00 H – Dia-logos
12 : 00 ás 14 :00 – banquete
14 – 15 - Ética
15 – 16 : 30 - Akro-pólis
16 : 30 17 : 00 – Ego-reflexões
18 : 00 – 19 : 00 Party ditirâmbica

Dia 14/11/10 (Dominus)

8 : 00 h até 10 : 00 Cura
10 : 12 h - Jardim Peripatético
12 : 00 ás 15 h - Rebanquete
15 á 17 h - Hablas
17 : 00 - Hermes
18 : 00 - O Círculo

Participe do I encontro da filosofia
marginal de ribeirão das neves. entre no facebook e confirma sua
presença, seja bem vindo a vida dionisiaca. 

http://www.facebook.com/event.php?eid=155919261114346

Um comentário:

  1. Objetivos
    A união de todos nós neste encontro se deve por sermos filosóficos, pois isto é a nossa característica humana como ser social que é a nossa essência filosófica que nos alimenta e caminha para tentarmos fazer com caminhemos por nós mesmos. Todas as ciências que vamos chamar aqui de históricas nasceram da origem do pensar filosófico. Dentro do currículo escolar a divisão que vemos e assistimos da nossa nave mãe que é a filosofia são apenas apêndices da matéria maior. Na grade escolar a filosofia deveria abrangê-los, pois são suas filhas: a ética a religião, a antropologia.
    A área dos filósofos é a Humanística.

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O mito da caverna (Platão)

"Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ele e os prisioneiros – no exterior, portanto – há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte frontal de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela os prisioneiros enxergam na parede no fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginavam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.Que aconteceria -indaga Platão- se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.Num primeiro momento ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda a sua vida, não vira senão sombra de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.
Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo. Mas, quem sabe alguns poderiam ouvi-lo e, contra a vontade dos demais, também decidissem sair da caverna rumo à realidade.
O que é a caverna? O mundo em que vivemos. Que são as sombras das estatuetas? As coisas materiais e sensoriais que percebemos. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo. O que é a luz exterior do sol? A luz da verdade. O que é o mundo exterior? O mundo das idéias verdadeiras ou da verdadeira realidade. Qual o instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A dialética. O que é a visão do mundo real iluminado? A Filosofia. Por que os prisioneiros zombam, espancam e matam o filósofo (Platão está se referindo à condenação de Sócrates à morte pela assembléia ateniense)? Porque imaginam que o mundo sensível é o mundo real e o único verdadeiro."