Refletindo

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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Vilson Santos de Ribeirão das Neves fala sobre A educação em Minas Gerais

o filósofo Caetano Trindade conversando com o professor de Sociologia que trabalha na 3SEE-MG Vilson Santos de Ribeirão das Neves que fala sobre o sistema educacional de Minas Gerais e sobre a situação - "vida de professor" na escola pública, ainda mais nas periferias de cidade grande, total descaso e resquicio ditatorias).

Infelizmente o que temos visto na educação ,em Minas Gerais, é a sua pura degradação.O governo do PSDB durante esses últimos anos assassinou o sonho de uma educação melhor de qualidade.
Os profissionais da educação fazem verdadeiros milagres para sobreviverem com um mísero salário e, além disso,extremamente defasado.O problema não é somente com os salários,mas também,com as péssimas condições de trabalho que são oferecidas;imposições chegam a todo momento como se fossem decretos baixados na calada das noites.Imposições,atitudes ditatoriais e detratoras tem contribuído,por assim dizer,significativamente,para a falência do ensino público em nosso estado.Não podemos nos esquecer do descompromisso do governo que, até mesmo,se nega a pagar aos professores o piso salarial nacional.
Como já dissemos,imposições são vindas da Secretaria de Educação que, com certeza,é alheia e desinteressada com a verdadeira mudança que a educação realmente necessita.Parece que, ao invés de sermos educadores, o governo e a sua corja de lacaios querem ter os profissionias da ducação debaixo da sua tutela.A verdade é que viramos meros preenchedores de papeis e vítimas de reuniões e reuniões que para nada servem,alías fazem parte das estratégias governamentais,ou seja,transformar a educação num monstro adormecido e acorrentado.
Investir na educação não é construir bonitos prédios e bonitas quadras,muitas ainda inacabadas.Isso é o mínimo,aliás,não é nenhum favor,mas obrigação.Nem quero falar dos laboratórios de informática que, quando funcionam,dão mestrado e doutorado em orkut.
Por fim,deixemos de ser papagaios,levianos e picaretas!Sejamos mais dignos e coerentes,mais humanos e solidários.Vamos educacar com liberdade e não com meios que torturam e escravizam,assim como fazem muitos governantes.A inteligência humana tem de ser sadia.A educação deveria ser uma paidéia, o que no mais profundo sentido grego, significa a preocupação integral com o ser humano.

http://www.vilsonfilosofo.blogspot.com/
Vilson Santos de Ribeirão das Neves fala sobre o sistema educacional de Minas Gerais e sobre a situação - "vida de professor" na escola pública, ainda mais nas periferias de cidade grande, total descaso e resquicio ditatorias.

Um comentário:

  1. A POLÍTICA COM ARTE em Platão. (cont. prof. Vilson)
    Platão passa à história como aquele que tenta transcender o jogo das meras opiniões.Mostra que a atividade de governar,isto é, a atividade de cuidar das coisas da cidade não pode e não deve ser regulada pelas conveniências, posto que esse caminho levará ao exercício do poder baseado na força e tal recurso é ineficaz para realizar o bem da cidade.
    Com Platão,portanto,a política,isto é, o trato das coisas da cidade,não pode ficar na dependência da opnião,e que se isso ocorre,descamba-se fatalmente para a violência e o emprego da força.
    http://www.vilsonfilosofo.blogspot.com/

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O mito da caverna (Platão)

"Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ele e os prisioneiros – no exterior, portanto – há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte frontal de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela os prisioneiros enxergam na parede no fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginavam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.Que aconteceria -indaga Platão- se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.Num primeiro momento ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda a sua vida, não vira senão sombra de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.
Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo. Mas, quem sabe alguns poderiam ouvi-lo e, contra a vontade dos demais, também decidissem sair da caverna rumo à realidade.
O que é a caverna? O mundo em que vivemos. Que são as sombras das estatuetas? As coisas materiais e sensoriais que percebemos. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo. O que é a luz exterior do sol? A luz da verdade. O que é o mundo exterior? O mundo das idéias verdadeiras ou da verdadeira realidade. Qual o instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A dialética. O que é a visão do mundo real iluminado? A Filosofia. Por que os prisioneiros zombam, espancam e matam o filósofo (Platão está se referindo à condenação de Sócrates à morte pela assembléia ateniense)? Porque imaginam que o mundo sensível é o mundo real e o único verdadeiro."