Refletindo

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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Falando com o professor Vilson Santos sobre Educação e Autonomia. Vale a pena ler sua crítica de parasitismo social nas escolas, falta de criatividade

EDUCAÇÃO E AUTONOMIA

Texto do prof. Vilson Santos

Os processos políticos educacionais tem preparado os estudantes para se arrastarem como vermes;serem passivos e covardes diante dos obstáculos.

É imprescindível que trabalhemos com o ímpeto de sonhar,alçando vôo e percorrendo montanhas assim como as águias.Fugir das imposições e das idéias pré-estabelecidas.Sejamos corajosos e,ao mesmo tempo reativos,manifestando a nossa indignação sempre que necessário.

Educar não se restringe apenas à transmissão de conhecimentos,valores e regras,mas também,na construção desses valores e dessas regras de maneira coletiva e,sobretudo,reflexiva.A educação é,então,um pulsar incessante que não se conclui com o recebimento de um diploma ou de um título qualquer.É por assim dizer,uma pugna diária,uma caminhada que deve ser iniciada a cada dia.

O indivíduo na interação com o outro se educa e também educa o outro.É exatamente nesse processo de convivência com a diversidade que a educação vai se ampliando.Com isso,não queremos tirar o mérito das nossas escolas,pois desempenham um papel de extrema relevância na formação do indivíduo.O que defendemos é que o sujeito coletivo não caia no esquecimento,pois é fator de humanização e de construção de potencialidades que sozinhos, não poderíamos efetivar.

Como conquistar a autonomia?Talvez seja começando pelo árduo exercício da democracia,ousando sempre a prática do diálogo e respeitando o direito sagrado da cidadania.Ser autônomo é saber por nós mesmos dos nossos direitos e deveres,portando,dois conceitos indissociáveis:autonomia e cidadania.

Em suma,a educação não se inicia dentro dos muros da escola,ou seja,dentro de uma sala de aula,mas num primeiro momento,naquele lugar onde começamos a nos encontrar pela primeira vez:na família,no grupo de amigos,na igreja,enfim.Não há ser humano incapaz de contribuir com o processo educacional.Todos somos responsáveis por uma parcela.A educação não se consolida se dermos as costas para o desafio de ajudar na criação de sujeitos livres e capazes de formular questões autênticas e responsáveis.O verdadeiro processo político educacional é aquele que procura inserir o homem no mundo,não tranformando-o apenas em um engolidor de teorias e verdades acabadas.Eis o grande desafio.....

Visite o blog do autor, parceiro de nosso blog de professor versus alunos e administra-dores.

http://www.vilsonfilosofo.blogspot.com/


4 comentários:

  1. (cont. com as palavras do Sr. Santos)

    Vivemos no mundo da inércia e da paralisia mental,por que não dizer dos condicionamentos sociais,onde tudo se tornou mais fácil e,assim,temos nos perdido no total imobilismo.Aceitamos que nos massacrem,ou melhor dizendo,nós mesmos nos massacramos porque nos entregamos à inoperância,à passividade e ao conformismo desenfreado.


    É preciso,portanto,que criemos resistência!Ser omisso talvez não seja o melhor caminho para enfrentarmos os problemas e conquistarmos a nossa tão sonhada liberdade.Quem sabe deixar-se tocar pela luz do conhecimento para,assim,abrirmos bem os nossos olhos vedados pela ignorância e estreitarmos o nosso olhar, a nossa mundividência.


    A educação é,sem dúvida,o melhor caminho para o homem,pois o oferece condições de sair da cela escura em que se encontra totalmene aprisionado.É ela o grande desafio;o elã ideal para proporcionar o crescimento humano em todas as suas dimensões.Se a educação não se preocupar em ajudar o homem no aprimoramento de suas potencialidades e desenvolvimento de suas habilidades cognitivas,levando-o a exercitar a crítica dos fundamentos,livrando-o do senso comum,dos preconceitos e estereótipos que já se encontram enraizados na sua mente, precisa ser repensada urgentemente.Por fim, a educação é a panacéia para solucionar o conformismo,a passividade,a inoperância e todos os seus sinônimos...

    http://www.vilsonfilosofo.blogspot.com/

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  2. o filósofo Caetano Trindade conversando com o professor de Sociologia que trabalha na 3SEE-MG Vilson Santos de Ribeirão das Neves e fala sobre o sistema educacional de Minas Gerais e sobre a situação - "vida de professor" na escola pública, ainda mais nas periferias de cidade grande, total descaso e resquicio ditatorias).
    Os profissionais da educação fazem verdadeiros milagres para sobreviverem com um mísero salário e, além disso,extremamente defasado.O problema não é somente com os salários,mas também,com as péssimas condições de trabalho que são oferecidas;imposições chegam a todo momento como se fossem decretos baixados na calada das noites.Imposições,atitudes ditatoriais e detratoras tem contribuído,por assim dizer,significativamente,para a falência do ensino público em nosso estado.Não podemos nos esquecer do descompromisso do governo que, até mesmo,se nega a pagar aos professores o piso salarial nacional.
    Como já dissemos,imposições são vindas da Secretaria de Educação que, com certeza,é alheia e desinteressada com a verdadeira mudança que a educação realmente necessita.Parece que, ao invés de sermos educadores, o governo e a sua corja de lacaios querem ter os profissionias da ducação debaixo da sua tutela.A verdade é que viramos meros preenchedores de papeis e vítimas de reuniões e reuniões que para nada servem,alías fazem parte das estratégias governamentais,ou seja,transformar a educação num monstro adormecido e acorrentado.
    Investir na educação não é construir bonitos prédios e bonitas quadras,muitas ainda inacabadas.Isso é o mínimo,aliás,não é nenhum favor,mas obrigação.Nem quero falar dos laboratórios de informática que, quando funcionam,dão mestrado e doutorado em orkut.
    Por fim,deixemos de ser papagaios,levianos e picaretas!Sejamos mais dignos e coerentes,mais humanos e solidários.Vamos educacar com liberdade e não com meios que torturam e escravizam,assim como fazem muitos governantes.A inteligência humana tem de ser sadia.A educação deveria ser uma paidéia, o que no mais profundo sentido grego, significa a preocupação integral com o ser humano.
    valeu,
    blog do professor Vilson Santos
    http://www.vilsonfilosofo.blogspot.com/

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  3. (Continuando com Vilson Santos de Ribeirão das Neves fala sobre o sistema educacional de Minas Gerais e sobre a situação - "vida de professor" na escola pública, ainda mais nas periferias de cidade grande, total descaso e resquicio ditatorias das escolas públicas em MG)
    Os profissionais da educação fazem verdadeiros milagres para sobreviverem com um mísero salário e, além disso,extremamente defasado.O problema não é somente com os salários,mas também,com as péssimas condições de trabalho que são oferecidas;imposições chegam a todo momento como se fossem decretos baixados na calada das noites.Imposições,atitudes ditatoriais e detratoras tem contribuído,por assim dizer,significativamente,para a falência do ensino público em nosso estado.Não podemos nos esquecer do descompromisso do governo que, até mesmo,se nega a pagar aos professores o piso salarial nacional.
    Como já dissemos,imposições são vindas da Secretaria de Educação que, com certeza,é alheia e desinteressada com a verdadeira mudança que a educação realmente necessita.Parece que, ao invés de sermos educadores, o governo e a sua corja de lacaios querem ter os profissionias da ducação debaixo da sua tutela.A verdade é que viramos meros preenchedores de papeis e vítimas de reuniões e reuniões que para nada servem,alías fazem parte das estratégias governamentais,ou seja,transformar a educação num monstro adormecido e acorrentado.
    Investir na educação não é construir bonitos prédios e bonitas quadras,muitas ainda inacabadas.Isso é o mínimo,aliás,não é nenhum favor,mas obrigação.Nem quero falar dos laboratórios de informática que, quando funcionam,dão mestrado e doutorado em orkut.
    Por fim,deixemos de ser papagaios,levianos e picaretas!Sejamos mais dignos e coerentes,mais humanos e solidários.Vamos educacar com liberdade e não com meios que torturam e escravizam,assim como fazem muitos governantes.A inteligência humana tem de ser sadia.A educação deveria ser uma paidéia, o que no mais profundo sentido grego, significa a preocupação integral com o ser humano.
    Acesse o blog do prof. Vilson Santos.
    http://www.vilsonfilosofo.blogspot.com/

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  4. A guerra do trafico de drogas é o grande vilão da história descritiva.
    As molecas viciadas engolem pílulas para entrar na cadeia do crime em proteção do amor.
    Os policiais espancam jovens, amedrontam as crianças e extirpa com o fuzil o coração das velhas arcaicas formas de agressão deste animal racional prazeroso do castigo como recompensa.
    Ai daquele que levanta a voz contra o crime organizado, porque ele é somente apenas uma cura da autoridade no tribunal de rua que prevalece manada da justiça da bala do amor a morte, não temendo de tremor, mas desacata a peste pública com socos e pontapés na galera indefesa com o bufão e o torno dos dedos entortados com chaves de fendas nas unhas sem deixar marca da tortura que aí está na rua.
    Quem tem olhos não vêem, abaixam as olheiras, já enquanto outro tem haver com os olhos do sentido neste ganido eco-silêncio.
    Tudo isso ouvindo rappa rap hip hop blat tic blog.
    Vai subindo na Lan-house sem casa de consolação, jogada a sorte do pueblo vitoriado em carne suplicida.
    Condenado sub-Mundo!
    Um pedaço do corte fica assim no neg-ócio maluco no corte.

    08 novembros de 2010-11-08
    http://lamba-chamba.blogspot.com/

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O mito da caverna (Platão)

"Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ele e os prisioneiros – no exterior, portanto – há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte frontal de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela os prisioneiros enxergam na parede no fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginavam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.Que aconteceria -indaga Platão- se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.Num primeiro momento ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda a sua vida, não vira senão sombra de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.
Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo. Mas, quem sabe alguns poderiam ouvi-lo e, contra a vontade dos demais, também decidissem sair da caverna rumo à realidade.
O que é a caverna? O mundo em que vivemos. Que são as sombras das estatuetas? As coisas materiais e sensoriais que percebemos. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo. O que é a luz exterior do sol? A luz da verdade. O que é o mundo exterior? O mundo das idéias verdadeiras ou da verdadeira realidade. Qual o instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A dialética. O que é a visão do mundo real iluminado? A Filosofia. Por que os prisioneiros zombam, espancam e matam o filósofo (Platão está se referindo à condenação de Sócrates à morte pela assembléia ateniense)? Porque imaginam que o mundo sensível é o mundo real e o único verdadeiro."