Refletindo

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segunda-feira, 21 de junho de 2010

O currículo é seu passaporte para o mercado de trabalho e para o sucesso profissional. É por isso que você precisa aprender a prepará-lo de forma que

"A educação é o que pode salvar o Brasil"

Aos 24 anos, Diego Bergamini coordenou a área de trade marketing da Kraft Foods; agora parte para Milão, onde cursará mestrado

Por Rômulo Martins

Ele era mais um garoto pobre que vivia na metrópole curitibana sem perspectiva de futuro. Sua mãe e maior incentivadora, Glacilene, tinha de se virar com R$ 300 mensais para sustentar o menino e a casa, isso em 1994.

Uma década e meia depois Diego Bergamini, 24 anos, acumula a experiência de chegar ao cargo de coordenador de trade marketing da indústria alimentícia multinacional Kraft Foods, em São Paulo, onde foi responsável pelo atendimento do Wal-Mart, a maior rede de supermercados do mundo.

Com visão crítica saliente e ar intelectual, agora o jovem parte para outra etapa. Vai para Milão, Itália, onde ficará por dois anos. Lá, vai cursar mestrado em Marketing Management em uma das melhores universidades do mundo na área, a Università Commerciale Luigi Bocconi, por meio de um programa do Instituto Donna Javotte Bocconi que oferece bolsas de estudo a alunos estrangeiros.

O maior responsável pela trajetória de sucesso de Diego tem nome. Ele se chama “Bom Aluno”. Foi através do programa que o menino teve a chance de romper a barreira que o separava da nata intelectual e social de Curitiba.

Mas não foi fácil adentrar nos muros do “Bom Aluno”. Como o próprio nome diz, para ingressar no projeto era preciso ser “bom”. E Diego provou que é. Ele se destacou pelo desempenho na escola municipal onde estudava e foi escolhido para receber os benefícios do programa criado pela empresa BS Colway Pneus através do Instituto Bom Aluno do Brasil (Ibab).

A partir daí o programa custeou a educação de Diego. Ofereceu material escolar, transporte, uniformes, aulas extraclasse de matemática, inglês e português, além de um curso preparatório para o ensino médio. Na segunda fase do projeto, recebeu apoio integral com escola particular, preparação para o vestibular, aulas de redação, inglês e acompanhamento pedagógico.

O resultado do esforço e dedicação não poderia ser diferente: o jovem ingressou na Universidade Federal do Paraná onde cursou Administração Internacional de Negócios. Durante a graduação, o “Bom Aluno” ofereceu a Diego curso de espanhol e outro voltado para o desenvolvimento de seu perfil profissional.

Com o término da faculdade, em 2005, o programa financiou ao jovem um coaching, curso de marketing pessoal e de administração financeira pessoal. A carreira promissora, como era de se esperar, foi consequência do investimento e da preparação.

E nem a pouca idade foi empecilho para o deslanche profissional do administrador de empresas. Diego estagiou na Volvo e na Renault do Brasil. Em 2004, ele ingressou na Kraft Foods também como estagiário na área de Business Development. Pelo desempenho, acabou sendo promovido a analista de categoria para as marcas Tang, Clight e Fresh e, um ano depois, galgou o posto de coordenador de trade marketing da companhia. A façanha não é segredo para ninguém. Chama-se educação. Sem ela, o estudante seria mais um jovem brasileiro esboçado em uma realidade preto-e-branco.

Confira trechos da entrevista concedida por Diego Bergamini ao Empregos.com.br.

O currículo é seu passaporte para o mercado de trabalho e para o sucesso profissional. É por isso que você precisa aprender a prepará-lo de forma que valorize suas qualidades profissionais. No Guia do Currículo você encontra toda a orientação necessária, com dicas e exemplos de modelos, para elaborar um currículo eficiente e atraente aos olhos dos selecionadores. Lembre-se: não há competência ou indicação que resista a um currículo mal feito. Por isso, mãos à obra!

http://carreiras.empregos.com.br/carreira/administracao/ge/curriculo/index.shtm

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O mito da caverna (Platão)

"Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ele e os prisioneiros – no exterior, portanto – há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte frontal de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela os prisioneiros enxergam na parede no fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginavam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.Que aconteceria -indaga Platão- se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.Num primeiro momento ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda a sua vida, não vira senão sombra de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.
Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo. Mas, quem sabe alguns poderiam ouvi-lo e, contra a vontade dos demais, também decidissem sair da caverna rumo à realidade.
O que é a caverna? O mundo em que vivemos. Que são as sombras das estatuetas? As coisas materiais e sensoriais que percebemos. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo. O que é a luz exterior do sol? A luz da verdade. O que é o mundo exterior? O mundo das idéias verdadeiras ou da verdadeira realidade. Qual o instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A dialética. O que é a visão do mundo real iluminado? A Filosofia. Por que os prisioneiros zombam, espancam e matam o filósofo (Platão está se referindo à condenação de Sócrates à morte pela assembléia ateniense)? Porque imaginam que o mundo sensível é o mundo real e o único verdadeiro."